sábado, 19 de março de 2011

(...) Como eu poderia explicar de modo que ele entendesse? Eu era uma concha vazia. Como uma casa vazia, por meses sem ninguém ― uma casa condenada ―, eu era completamente inabitável. Agora havia algumas melhorias. A sala da frente estava em reformas. Mas era só isso ― só um cômodo pequeno. Ele merecia alguém melhor ― melhor do que uma casa em ruínas com um cômodo só. Nenhum investimento dele poderia me deixar funcional outra vez. E, no entanto, apesar de tudo, eu sabia que não iria afastá-lo. Precisava muito dele, e era egoísta. Talvez pudesse deixar minha posição mais clara, assim ele poderia me abandonar. (...)”


   ( Lua Nova )

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