sábado, 30 de julho de 2011

Eu aceito. Mas isso não quer dizer que eu entenda. Eu não entendo nada. Minha vida já foi assim, bagunçada demais, mas eu não me lembrava como era sentir essa coisa ruim dentro do peito. Estou parecendo uma casa abandonada pelos donos repentinamente. Muita roupa espalhada pelo chão. Móveis empoeirados. Armários com portas e gavetas abertas. Uma confusão total. Estou parecendo um doente fraco que fica tonto e sente que vai desmaiar, mas segura com força na parede e repete baixinho “eu não vou cair, não vou”Talvez pareça um animal selvagem que se perde e vai parar em uma cidade. Com medo. Sem saber o que fazer ou pra onde correr. Sem saber se aceita ajuda ou foge para longe e sozinho. Sozinha, essa é uma palavra legal. Não sei se a mais adequada, imagino que sozinha seja pouco demais. Eu queria entender, mas não queria ter que pensar. Pensando eu lembro. Lembrando eu sofro. Sofrer é fichinha, eu sei que vai passar. Mas não é por saber que vai passar, que a gente deixa de sentir. Stephani Ignatti

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